
Acreditar que a pesquisa pode ser construída em espaços de afetos que constroem a tessitura do trabalho acadêmico, é algo que existe no pensamento e na prática de muitos pesquisadores. As pesquisas nas áreas de Ensino e Educação sempre se deparam com elementos do afeto tangenciando os seus objetos, resultados e análises, mas a questão é como trazer esse afeto para o texto? Para tentar responder essa e outras questões, o pesquisador Moriceau lançou o seu primeiro livro no Brasil. O livro está disponível da download clicando neste link. A seguir, a resenha sobre o livro disponível no site da Editora:
“Como construir uma forma de abordagem que possa captar e descrever a experiência estética e ética dos sujeitos nas interações por eles tecidas, e que também possa pensá-la e comunicá-la? Essa pergunta guia este primeiro livro do pesquisador francês Jean-Luc Moriceau em português e que resulta de um curso ministrado por ele, no PPGCOM/UFMG, em 2017. A partir dessa questão propulsora, Moriceau investiga novas possibilidades epistemológicas e novas práticas metodológicas, nos quais a pesquisadora ou o pesquisador se deixa guiar pelos afetos, se permite mover pela situação como ponto de partida da reflexividade. Não se trata de extrair uma representação mais rica dos acontecimentos experienciados, mas de aceitar mergulhar no concreto, no vivido, na porção parcial, local, específica, relacional e estética da experiência. Nessa perspectiva, uma abordagem afetiva considera o corpo, as impressões, sensações, efeitos de prazer e de incômodo, estranhamento e familiaridade, os espaços e relações de poder que envolvem a emergência da experiência, as capacidades de expressão que ela nos fornece e os movimentos aos quais ela dá origem”.